Brasília — Em reunião trimestral do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) com os Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS) e o Conselho de Assistência do Distrito Federal (CAS/DF), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou os avanços sociais conquistados pelo Brasil e a centralidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para levar políticas públicas às pessoas em situação de vulnerabilidade.
Ao saudar trabalhadores, usuários e representantes das entidades da rede socioassistencial presentes, Wellington ressaltou que a saída do Brasil do Mapa da Fome e a redução histórica da extrema pobreza são frutos de decisões políticas que reforçaram a integração entre assistência social, educação, saúde e segurança alimentar — e que só se consolidam com o fortalecimento do SUAS nos estados e municípios. “Quando se trabalha um conjunto de políticas integradas, a gente aumenta a expectativa de vida, aumenta escolaridade, profissionalização na educação e aumenta a renda”, afirmou o ministro durante o encontro.
O ministro também comentou a retomada do crescimento econômico: segundo Dias, os bons indicadores recentes colocam o Brasil novamente entre as maiores economias do mundo, mas deixam claro que o objetivo do governo é ir além do crescimento numérico — é reduzir desigualdades e garantir que frutos do desenvolvimento cheguem aos mais pobres. “O Brasil não pode se conformar em ser a décima potência do mundo e com tanta desigualdade”, afirmou.
O secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, reforçou a importância da presença do SUAS em todo o território nacional — das unidades do CRAS e CREAS aos Centros POP — como instrumento imprescindível para que as políticas públicas alcancem, de fato, quem mais precisa. Quintão lembrou que a rede de trabalhadores e trabalhadoras e as entidades parceiras garantem a dignidade humana e a efetivação dos direitos sociais.
Do lado do controle social, o presidente do CNAS, Edgilson Tavares, destacou o papel estratégico das reuniões trimestrais e das conferências municipais e estaduais como preparação para a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, marcada para dezembro — um momento decisivo para debater rumos, consolidar deliberações e mobilizar a sociedade em defesa do SUAS.
Especialistas, conselheiros e usuários presentes apontaram que o desafio agora é ampliar a cobertura e qualificar serviços para reduzir lacunas regionais, fortalecer a gestão municipal e proteger grupos mais expostos à insegurança alimentar e social. A agenda aprovada pelo CNAS reforça, segundo participantes, propostas de integração intersetorial, valorização dos trabalhadores do SUAS e a ampliação de programas de transferência de renda e de acesso a serviços públicos essenciais.
Com tom de convocação, o encontro deixou clara a convicção do campo progressista: os avanços alcançados são resultado de escolhas de governo e de uma rede pública ativa — e a continuidade desse avanço depende de compromisso político, orçamento adequado e da participação popular por meio do controle social. A direção do CNAS conclamou conselhos municipais e estaduais a intensificarem as conferências preparatórias rumo à grande conferência nacional de dezembro.
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