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30/09/2025

Porto do Piauí avança com parceria de R$ 100 milhões entre Governo e Cnaga


Em ato revestido de simbolismo e audácia, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), assinou, na sede da empresa Cnaga, em São Paulo, um acordo comercial que tem potencial para transformar o litoral piauiense em um dos polos logísticos mais dinâmicos do Brasil. A empresa especializada em logística e terminais alfandegados passa a operar o terminal de cargas gerais e contêineres do Porto Piauí, com investimento privado previsto de R$ 100 milhões.

Um passo decisivo na reativação do porto



A assinatura desse contrato representa um ajuste operacional e a materialização de uma estratégia construída desde o primeiro dia da gestão Fonteles para resgatar o porto piauiense, interrompido há anos por paralisações e falta de investimentos consistentes. O governador, presente à cerimônia em São Paulo, sublinhou que “não há momento melhor do que este para ter uma empresa experiente apostando no futuro desse entreposto logístico do Piauí, que vai se tornar referência em eficiência”.

Com o acordo, a Cnaga assume responsabilidades centrais, como operação do terminal de cargas gerais, controle de contêineres, movimentação de cargas pesadas ou em formatos especiais, além da construção e administração dos galpões de armazenagem que darão sustentação ao cais multipropósito já concluído no complexo portuário.

Vale destacar que o empreendimento já conta hoje com estrutura administrativa, pátio de contêineres e canal dragado a sete metros de profundidade, e aguarda licenças e homologações para iniciar atividades regulares de movimentação de carga.

Do primeiro ato ao projeto estrutural

Desde o início do mandato, Fonteles depositou energia política e técnica no projeto do porto. As obras foram retomadas em março de 2023, reativando o setor portuário piauiense. Em 13 de dezembro de 2023, o governador protagonizou a inauguração da primeira etapa do porto, com a atracação simbólica de uma embarcação da Marinha, oficializando que o Piauí deixava de ser o único estado litorâneo sem porto marítimo. Ele mesmo ressaltou que esse era um passo para reverter uma “dívida histórica” e que, ao longo de sua gestão, o Piauí poderia elevar expressivamente seu PIB a partir das potencialidades portuárias.

Desde então, o governo estadual e seus órgãos vêm empenhando-se em ações convergentes: dragagem do canal (3,5 km, até 9 metros em maré alta); urbanização e infraestrutura da retroárea do cais multipropósito; e processos de licenciamento ambiental, homologações da Marinha e da Antaq, além da obtenção de autorização para o funcionamento alfandegado, por meio de TUP (Terminal de Uso Privado).

Até 2030, estima-se que o porto receba mais de R$ 7 bilhões em investimentos, incluindo setores público e privado, fruto do esforço estatal de converter o porto em motor de desenvolvimento regional.

Integração, infraestrutura e um modelo de governo em ação


A abertura do porto é apenas uma das peças de um projeto mais amplo de desenvolvimento estruturado pelo governo do Piauí.

A estratégia inclui:

• melhoria e ampliação da malha rodoviária estadual para conectar interior e litoral;

• construção de uma hidrovia integrada (Rio Parnaíba), com delegação de sua gestão ao Estado do Piauí, uma ação audaciosa e inédita no país;

• implantação de terminais dedicados (grãos, fertilizantes, cargas gerais, hidrogênio/amônia) que ainda serão licitados e construídos por privados apoiados pela infraestrutura pública;

• promoção de políticas de industrialização local e agregação de valor às cadeias produtivas que irão se beneficiar do escoamento eficiente;

• articulação entre esferas de governo (estadual e federal) para garantir viabilidade técnica, ambiental e regulatória.

Na cerimônia de inauguração do cais, o ministro Silvio Costa Filho ponderou que o Piauí passa a integrar, definitivamente, a geografia portuária nacional: “esse porto será estratégico para o desenvolvimento da região e de todo o Nordeste”.

Fonteles, por sua vez, sinalizou que a expansão segue firme: o canal deve alcançar até 14 metros de profundidade, e o porto terá sete berços para embarcações tipo Panamax no médio prazo.

Reflexos econômicos e expectativas

A viabilização do porto mira um impacto substancial na economia estadual. A capacidade de escoar grãos, minérios, produtos industriais e até insumos energéticos (hidrogênio/amônia) diretamente do litoral piauiense, o que representa uma mudança de paradigma logística e fiscal. Só em impostos advindos de importações e movimentação de cargas, a estimativa é que o porto gere cerca de R$ 400 milhões por ano para o estado.

Ainda em 2025, espera-se que as primeiras operações comerciais sejam efetivadas, com navios pesqueiros e navios de fertilizantes, caso sejam concluídas as autorizações necessárias junto à Marinha, Antaq e órgãos ambientais.

Com a Cnaga instalada, operando o terminal de cargas gerais e contêineres, o porto ganha credibilidade operacional para atrair outras concessões privadas que construirão terminais especializados. A infraestrutura básica já está em curso, e o porto, mesmo em fase inicial, projeta um futuro promissor para o Piauí.

Um marco para o Piauí

Esse acontecimento confirma que, ao contrário de discursos vazios, o governo Rafael Fonteles tem buscado entregar resultados consistentes. Desde o primeiro momento, ele fez do reerguimento do Porto Piauí uma prioridade política, técnica e simbólica. A assinatura do acordo com a Cnaga não é apenas um contrato, consiste em uma carta de intenções executiva com o futuro.

Ao incorporar o porto à estratégia maior de integração logística, que envolve rodovias, hidrovias e atração de investimentos privados, o governo estadual dá passo firme para que o Piauí deixe de ser exportador “de passarela” para se tornar protagonista da cadeia de produção e escoamento.

E se tudo transcorrer como previsto, o litoral piauiense vai pulsar como novo eixo de crescimento, com impacto direto na geração de empregos, arrecadação e na inserção do estado na rota estratégica do comércio exterior brasileiro.

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