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18/08/2011

Segunda reflexão sobre o acordo PT/PTB • Por Jesus Rodrigues

JESUS RODRIGUES
Deputado Federal (PT/PI)

Primeiro quero elogiar a ação do Diretório Municipal por ter feito uma reunião tão ampla quanto foi a do último dia 06 de agosto, que veio na sequência de outras que aconteceram nas várias regiões de Teresina. Os petistas ainda são assim, quando tem uma polêmica, vão para cima, gostam do debate, de expor suas opiniões.

Não foi possível que eu e alguns do nosso grupo participássemos do encontro. Mesmo sem voto, mas, com voz, teríamos participado. Isso não ocorreu devido à presença em reunião nacional muito anteriormente agendada para Brasília. No entanto, acompanhei à distância e foi possível entender que nos argumentos apresentados o pano de fundo foi sempre a questão dos cargos.

Mas, como disse no artigo anterior, da forma como estavam fechando o acordo, o sentimento que ficava, não só para alguns setores do PT, mas para boa parte da população, é de que o PT está buscando cargos, o que não seria bom nem para o PT nem para o PTB, senão, vejamos.

A redação final da decisão do encontro do dia 06 de agosto diz que, sem condicionar a participação no governo municipal, os eventuais cargos serão negociados pelo Diretório Municipal Teresina. Também reafirmar que a discussão sobre 2012 será no calendário nacional do PT.

Ora, isso não é bom para o PTB. Conseguir adesão em troca de cargos mais parece cooptacão do que composição. Se a adesão, que deveria ser composição política, é por cargos, devo dizer que haja cargos para o PT, pois o espaço que existia no governo Wellington Dias não é o mesmo no governo Wilson Martins, e nem poderia ser, mas infelizmente ainda não caiu a ficha. E o PTB vai atrair outros partidos também oferecendo cargos? E receberá em troca outra carta de intenções como essa do PT? Isso não é bom para o PTB. Pensei inclusive que o PTB tivesse aprendido a lição da última eleição, ou seja, não se ganha eleição apenas com a tática, mas com a estratégia também. Não se troca uma adesão. Pelo contrário, pelo convencimento se conquista.

Num próximo artigo quero dizer por que a decisão do dia de 06 de agosto não foi boa para o PT. Lembro até aquele ditado "quem diz o que quer, ouve o que não quer", mas vamos ao debate com fraternidade e lealdade.

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