A realização do Festival da Rabeca foi antecedida por muitos estudos e pesquisas sobre a história do instrumento no Piauí e no Brasil. Nessas pesquisas, foram encontrados rabequeiros em diversos municípios piauienses, como Currais, Santa Luz, Corrente e Redenção do Gurguéia, mas que não valorizavam a riqueza do instrumento.
O deputado Fábio Novo explica que o Festival mudou o pensamento e a postura dos rabequeiros, que hoje, sentem orgulho de mostrar seus talentos no Festival de Bom Jesus. “O Festival da Rabeca de Bom Jesus é o primeiro a homenagear os rabequeiros do Brasil. A cada ano, o evento se torna melhor e com mais visibilidade, o que nos dá mais entusiasmo para continuar o trabalho em favor da cultura do nosso Estado”.
Durante o lançamento do Festival, houve diversas apresentações culturais, a exemplo do cantor Benício Bem, do grupo de dança Cintia Laiana, o Folia de Reis e os rabequeiros Valdeci Araújo e Vânia da Rabeca, que estarão no Festival, de 11 a13 de agosto, em Bom Jesus.
Valdeci Araújo é músico, mas aprendeu a confeccionar e tocar rabeca durante o primeiro Festival da Rabeca de Bom Jesus. Nascido em Luzilândia, mas residente em Teresina, Valdeci está ansioso para se apresentar nos palcos do Festival. “Vou mostrar ao público de Bom Jesus tudo que aprendi durante as oficinas de música e confecção da rabeca”, disse.
A rabeca de Valdeci Araújo é confeccionada com três tipos de madeira: cedro, maçaranduba e jatóbá. Ele explica que nenhuma rabeca tem o som igual a outra, justamente pelas diferenças dos tipos de madeira usadas na confecção do instrumento. “Antes, a rabeca era considerada a prima pobre do violino, estava esquecida. Agora, depois do Festival, a rabeca está valorizada e representa a cultura do nosso Estado”, completa o rabequeiro.
A rabeca, instrumento feito de corda e arco, lembra um violino e chegou ao Brasil na época da colonização. Entre os destaques do Festival da Rabeca de Bom Jesus, estão nomes como os grupos portugueses “Clã de Gaitas” e “Einstein”, os músicos Peninha (SP) e Renata Rosa (PE), os grupos Saia de Pandora (DF) e Clã Brasil (PB).
“O Festival contará com atrações de 12 estados brasileiros, que vão trocar experiências e fazer apresentações musicais para o público. É uma programação rica, com shows musicais, teatro, apresentações de humor e oficinas”, finaliza a presidente da FUNDAC, Bid Lima.
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