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25/11/2018

NÓS E ELES • Por Merlong Solano

Merlong Solano durante caravana Lula Livre - Piauí
Com alguma frequência, lideranças conservadoras acusam o PT e a esquerda, Lula em particular, de terem dividido o Brasil: “Nós e eles”, “pobres e ricos”, “negros e brancos”, etc. Vejo agora o ex-prefeito nomeado de Teresina e ex-governador eleito Freitas Neto, tradicional liderança da ARENA, PDS, PFL e PSDB, levantar a mesma tese em jornal de nossa capital. Indo adiante, Freitas Neto diz: “Bolsonaro é fruto do Lula, é um produto dele”.

Ora, ora, vamos pensar um pouco sobre isso. Como professor de história, economista e como filho de caminhoneiro, vejo com certo sentimento de impotência essa enorme capacidade que as elites tradicionais têm de inverter os termos da equação político-social brasileira e de jogar sobre os outros responsabilidades que são suas.

Qualquer estudante universitário, minimamente antenado, especialmente da área de humanidades, sabe que a formação social brasileira está assentada, isto é, tem alicerces fincados, na escravidão e no latifúndio e que daí advêm outras marcas relevantes de nossa formação: patriarcalismo, autoritarismo, machismo, falta de senso de responsabilidade social e a exclusão social; sendo esta admitida como fato natural e imutável.

Então quando olhamos para além dos interesses próprios, que são pessoais e também de classe, verificamos que o “nós e eles” se tornou uma categoria política porque já era um fato da nossa formação sócio-cultural. A quanto tempo existe em nossa sociedade a clara noção, por exemplo, de que justiça é coisa a que só os ricos têm acesso? Foi o PT que inventou esse sentimento? Foi o PT que forjou a divisão entre a Casa Grande e a Senzala?

Alguém pode tentar me retrucar dizendo assim: o professor Merlong está tentando responder a uma tese atual, que considera equivocada, com fato de nosso passado histórico. A estes eu digo: esse passado está aí presente, bem diante de nossos olhos, em nosso sistema educacional, nas empresas, igrejas, em nossas casas. Isso acontece porque a desigualdade extrema (maior marca de nossa formação social) se reproduziu ao longo do tempo e atravessou a Colônia, o Império e a República.

A desigualdade extrema pode ser demonstrada em muitos fatos, mas cito apenas dois:

1) somente em 1996 as elites tradicionais se sentiram na obrigação de alocar recursos orçamentários, por meio do FUNDEF, para garantir vaga no Ensino Fundamental para todas as nossas crianças;

2) essas mesmas elites jamais cumpriram a promessa de praticar um salário mínimo equivalente a 100 dólares. Registro que quando o ilustrado e poliglota Fernando Henrique Cardoso entregou o governo ao ex-operário Lula o salário mínimo estava em cerca de 75 dólares.

Ao contrário do que pensa Freitas Neto, o “nós e eles”, que sempre esteve bem fincado em nossa formação social, se tornou fato político em razão da reação das elites tradicionais às ações concretas do governo da esquerda no sentido de reduzir a distância ente o “nós e eles”. Sem espaço para citar todas as ações, destaco umas poucas: o salário mínimo chegou a 360 dólares; o FUNDEF, em apenas 10 anos, evoluiu para o FUNDEB (que garante vaga em todo o ensino básico e expande o acesso à educação infantil); a enorme expansão do sistema universitário, que dobrou as vagas em apenas 12 anos; o Minha Casa Minha Vida, garantindo recursos orçamentários para reduzir o déficit habitacional; o Mais Médicos, Ciência sem Fronteiras, o Farmácia Popular, Luz para Todos...

Sentido-se ameaçadas em seus tradicionais privilégios e sem dispor de candidato capaz de enfrentar as esquerdas, as elites passaram a utilizar seus instrumentos de poder com o fim de destruir qualquer alternativa de renovação do governo popular: afastamento de Dilma, mesmo sem crime cometido; prisão de Lula, sem qualquer prova de crime cometido; criminalização dos movimentos sociais, etc. E como ainda assim nenhum candidato da direita se viabilizou, recorreram ao candidato da extrema direita e ao financiamento da maior campanha de difamação já feita por meio das redes sociais.

Sem ideias e propostas para apresentar com alguma probabilidade de obter aceitação popular, foi preciso recorrer à destruição dos adversários. Agora Freitas – talvez já preocupado com os rumos do novo governo – procura isentar as elites de suas responsabilidades e apresenta a tese de que Lula é o criador de Bolsonaro. A coisa é mais ou mais a seguinte: Lula e todos nós – seus amigos, seguidores e admiradores – desenvolvemos uma espécie de masoquismo político e por isso alimentamos o nazi-fascismo no Brasil.

Melhor rir, pra não chorar.

Merlong Solano, em 24.11.2018
Professor da UFPI
Suplente de deputado federal - Pi

19/11/2018

O limiar de uma luta sem trégua • Texto de Deusval Lacerda de Moraes


Tudo começou quando o destino os fizeram bancários, Wellington Dias na Caixa Econômica Federal e Regina Sousa no Banco do Brasil. 

A foto mostra ainda jovens na confluência da luta sindical pela conquista da sua hegemonia, que, no final das contas, lograram êxito e ambos presidiram o Sindicato dos Bancários do Piauí. 

Antes foram para a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e para o Partido dos Trabalhadores (PT). 

Daí foi um pulo para Wellington Dias conquistar a presidência do PT que, em seguida, Regina Sousa também presidiu a sigla petista. 

Na política partidária, Wellington Dias conquistou os mandatos de vereador de Teresina, deputado estadual e deputado federal com o apoio da militante Regina Sousa. 

Eleito e reeleito governador do Piauí, na primeira vez, Regina Sousa serviu com brilhantismo na Secretaria da Administração. 

Eleito Senador da República, Wellington Dias a fez primeira suplente, que, ao assumir o governo do Estado pela terceira vez, em 2014, alçou a sua fiel escudeira ao Senado Federal. 




Reeleito ao governo piauiense pela segunda vez, em 2018, Regina foi sua companheira de chapa na vice-governadoria. 

Só uma luta de sonhos, ideais e de construção de uma sociedade humana, justa e sadia para todos faz uma união política e ideológica tão profícua e duradoura. 

Por fim, há quem diga que uma foto vale mais de mil palavras, a foto acima vai muito além disso, por valer uma luta indormido pela redenção de todos os piauienses.

16/11/2018

Esvaziamento do Mais Médicos: mais exclusão social a caminho


Merlong Solano
•Texto de Merlong Solano

As evidências de que o governo Bolsonaro será uma continuidade do governo Temer, com aprofundamento das medidas antipopulares que jogam sobre os pobres o peso da crise, já são inúmeras; basta ver o que o superministro da economia está anunciando para a previdência social: regime de capitalização individual, com base no modelo chileno, onde a maioria dos aposentados estão recebendo um aposento equivalente a meio salário mínimo. Aqui no Brasil, com esse modelo em vigor, cerca de 90% dos aposentados estariam recebendo R$ 477,00 por mês. A velhice da miséria é a proposta do novo governo.

Temer já paralisou ou esvaziou programas diversos, dentre eles destaco o Farmácia Popular, Brasil sem Fronteiras e o Minha Casa Minha Vida. No caso deste último, fundamental para reduzir o déficit de moradia e para gerar empregos na construção civil, a Caixa só firmou contratos no ano passado para a construção de 27 mil novas unidades habitacionais no Brasil, nas faixas 1 e 1,5 (as de renda familiar de até R$ 2.600,00). A meta para 2017 era contratar 170 mil novas unidades.

Nessa mesma linha, de insensibilidade social, Bolsonaro já começou a esvaziar o programa Mais Médicos, que levou a atenção básica em saúde para pequenas cidades e para periferias que simplesmente não contavam com a presença de um médico. Dois aspectos a considerar sobre a visão do novo governo: o que o Bolsonaro sabe sobre a importância da atenção básica para o Sistema Único de Saúde? Quanto dinheiro eles esperam economizar para os banqueiros com o esvaziamento desse programa?

Quanta diferença! Enquanto a pequena e pobre Cuba exporta profissionais qualificados (neste momento médicos e engenheiros cubanos prestam serviços em 67 países), o Brasil segue firme, desde o afastamento da presidenta Dilma há 2 anos, no sentido de aprofundar a desigualdade social e voltar ao mapa da fome.

Merlong Solano Nogueira
Professor da UFPI
1º suplente de Deputado Federal – PI

26/10/2018

Tambores para Haddad


Na tarde desta sexta (26), manifestantes fizeram um ato denominado "Tambores para Haddad" na praça do Liceu Piauiense, no Centro de Teresina.

O ato contou com a presença do governador Wellington Dias (PT), um dos coordenadores da campanha do petista no Nordeste, e da senadora Regina Sousa, vice-governadora eleita.

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21/10/2018

Wellington e Haddad são recebidos por multidão em Picos

Fernando Haddad teve a recepção mais calorosa nesse segundo turno de campanha na noite desse sábado (20), na cidade de Picos. Ao chegar no aeroporto, acompanhado do governador Wellington Dias, o candidato a presidente da república já era esperado por uma multidão.

Em seguida Haddad se dirigiu à praça Felix Pacheco, no centro da cidade. Aproveitou para agradecer a expressiva vitória no primeiro turno que a cidade modelo lhe deu, e passar uma mensagem de otimismo para com o Brasil.

O governador Wellington Dias agradeceu a população, ao deputados estaduais e federais que lhe apoiaram “sou grato pelo apoio de todo time que se empenhou nessa eleição, garantindo minha reeleição e mais de 65% dos votos para Fernando Haddad, que foi a maior proporção de votos do pais”, disse o Governador.

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28/09/2018

José Dirceu lança livro de memórias em Teresina

José Dirceu participou,nesta quinta(27), na sede do diretório estadual do PT do Piauí, de uma plenária com a juventude de esquerda (PT, UJS e PCO) e lançamento de seu livro “Zé Dirceu – Memórias Volume I”. 

Na sexta-feira (28), lança na capital piauiense sua autobiografia “Zé Dirceu – Memórias Volume I”, que acontecerá na Central de Artesanato Mestre Dezinho, às 18h, com sessão de autógrafos e debate sobre a obra que já vendeu mais de 30 mil exemplares e figura entre os mais vendidos do país e é um sucesso de crítica. O petista já confirmou que pretende lançar o segundo volume de memórias. 


O livro traz relato do ex-ministro sobre sua trajetória política, do tempo de militância estudantil e resistência à ditadura militar de 1964, até os governos do PT. “Relembro e rememoro nossas lutas, parte de nossas vidas, da construção do PT, da luta contra a ditadura, das diretas, do impeachment, e meus anos em Cuba, anos na clandestinidade, e toda luta que fizemos para levar Lula à presidência”, pontua Dirceu.
Fonte: Piauí Hoje



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11/09/2018

As exigências do capital financeiro para 2018

Marcelo Mascarenha
•Marcelo Mascarenha 

O capital financeiro, o alto empresariado nacional e as grandes corporações multinacionais querem um presidente que garanta privatizações, redução de recursos para politicas sociais, aumento dos recursos para pagamento da divida, flexibilização dos direitos trabalhistas e subordinação à politica externa norte-americana. 

Uma pauta regressiva dessas, que aumenta a concentração da riqueza na mão dos mais ricos e penaliza os mais pobres, logicamente vai despertar resistência: greves, manifestações, mobilização popular. 

Por isso, eles também querem um presidente disposto a fazer tudo isso, e ainda promover redução da democracia, repressão policial e perseguição judiciária contra quem se opor a essas medidas. Um Estado de Exceção, um Estado Policial Máximo, para assegurar o Estado Mínimo para os mais pobres (porque seguirá sendo um Estado-mãe para os mais ricos). A opção da elite econômica pelo Bozo é porque ele está comprometido até o pescoço com essa pauta. 

O problema é só convencer o povo. Que quer votar em Lula, mas sendo impedido de votar assim, já demonstrou que prefere Haddad, Ciro ou Marina, nunca o Bozo, que apanha de todo mundo, até do picolé de chuchu. 

Apesar da violência da cassação do Lula, das seguidas decisões contra a campanha do PT, apesar de rasgarem a Constituição, a própria jurisprudência dos tribunais, os tratados internacionais e sacrificarem o Direito brasileiro no altar neoliberal, ainda assim o povo insiste em garantir, pelo voto, a vitória de um programa econômico voltado para a maioria, e não para a minoria privilegiada. 

Eis então que entra em cena a turma da farda para dar um recado: Democracia para a elite econômica é só um detalhe. Se pelo voto a maioria do povo não der a vitória a quem eles querem, eles podem rasgar a fantasia de democratas. Já perceberam que pelo voto as chances de vencer são remotíssimas, e começaram a mandar as mensagens: basta ver as entrevistas do vice Mourão e do Villas-Boas para compreender o que está em jogo. 

Então nos preparemos: há muita luta pela frente.

Marcelo Mascarenha é Procurador do Município de Teresina e membro da Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia

19/08/2018

Wellington Dias no Parque Piauí


Wellington Dias durante
caminhada no Bairro Parque Piauí 
A coligação “A vitória com a força do povo”, do candidato à reeleição e governador Wellington Dias (PT), realizou uma caminhada no bairro Parque Piauí, na zona sul de Teresina, neste domingo (19). 

Participaram do acontecimento, além de Wellington, a candidata a vice-governadora Regina Sousa (PT), os candidatos ao Senado Ciro Nogueira (PP), Marcelo Castro (MD) e muitos outros candidatos da coligação. 

“Juntos, vamos trabalhar para continuar mantendo o Piauí no caminho do desenvolvimento”, afirma o governador. 

A primeira campanha de rua na zona sul teve concentração ás 07hs, saindo do limite dos bairros Parque Piauí e Promorar. De lá, os candidatos seguiram pelas ruas do Parque Piauí, até chegar à tradicional feira do bairro, onde aconteceu um grande ato político.

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18/08/2018

Lançamento da campanha da chapa de Wellington Dias


Acompanhado dos candidatos proporcionais, dos dois candidatos a senadores e da sua candidata a vice, Regina Sousa, o governador Wellington Dias (PT) lançou sua campanha à reeleição para o Governo do Estado, na tarde desta sexta-feira (17), no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina. O ato contou também com a presença de Fernando Haddad candidato a vice-presidente pelo PT.

A concentração foi em frente a Fundação Bradesco, onde uma multidão aguardava a chegada do governador. Já no percurso, Haddad disse que está lançando a campanha de Lula em Teresina e logo os militantes petistas e apoiadores de Wellington Dias reagiram aos gritos com palavras de ordem como “Lula livre!" e “O campeão voltou", em apoio ao ex-presidente Lula.

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30/07/2018

A legitimidade de Regina Sousa

A Senadora Regina Sousa não tem só o direito como tem a legitimidade para participar e pleitear a sua presença na chapa majoritária nas eleições em 2018. Regina, para além de sua condição de mulher possui os requisitos históricos, políticos e morais construídos e vivenciados no cotidiano da construção, institucionalização, consolidação e afirmação do partido no Piauí e no Brasil. Além do mais, a partir da renúncia voluntária do então senador Wellington Dias para assumiu o Governo do Piauí em 2014, ela é a detentora inquestionável do mandato e de todas as prerrogativas imanentes ao cargo, inclusive de concorrer à reeleição, situação ora revertida a partir do convite do governador para compor a chapa majoritária, ao seu lado, como vice-governadora. 

A mulher, hoje senadora pelo PT, Regina Sousa, desde a adolescência adquiriu consciente política de que deveríamos e devemos lutar contra as injustiças, a humilhações e opressões sociais e políticas. Muito antes da criação o PT e da CUT já se confrontava contra as condições de trabalho no campo (a exploração das quebradeiras de coco na extração e quebra do babaçu no município de União) e na cidade (na luta por direitos e salários dignos para os professores, bancários e demais trabalhadores) através de uma militância sindical atuante nos sindicatos, associações profissionais e na CUT. Uma vez guerreira sempre guerreira. 

Não há como questionar a legitimidade da senadora Regina para compor a chapa majoritária, a não ser por arrogância, ignorância, preconceito ou má fé de adversários políticos que se utilizam de parte da mídia que vive submissa aos seus interesses historicamente, no exato sentido weberiano inscrito no texto “política como vocação” ao falar sobre um tipo de jornalismo. As criticas e comentários jocosos contra a senadora são de uma pobreza de espírito sofrível e assustadora em plena primeira quadra do século 21. Parecem ser emitidos por seres saídos da Idade Média de tão pobres na análise histórica, sociológica e civilizatória, com conceitos petrificados em preconceitos que os cegam diante das mudanças no mundo. 

Regina tem a legitimidade conferida pela sua história política através da militância junto aos movimentos sociais, sindicais e políticos. Desde a juventude Regina, juntamente com vários companheiros e companheiras mobilizaram, organizaram, formaram, debateram e dirigiram as ações que nos fizeram chegar até hoje. Na sua dedicação ao Partido dos Trabalhadores ajudou e apoiou muitos companheiros e companheiras como uma fada madrinha sempre pronta, incondicionalmente, a dar o apoio fazendo da lealdade uma de suas maiores virtudes e que, sem nenhuma vaidade, chegou a renunciar a vários apelos de candidaturas em nome do nosso projeto. Chegou a hora da reciprocidade sem imposição, mas como uma reivindicação justa, não só do PT, mas da sociedade piauiense que precisa conhecer melhor o caráter e o compromisso dessa mulher.  

Além desses requisitos que consolidam e legitimam a sua justa presença na chapa majoritária de 2018, é necessário consignar a competência como assumiu seus mandatos no Sindicato, CUT, PT, Secretaria de Estado da Administração e no Senado da República, dignificando-os com atuação firme e competente. Neste último destacou-se na tribuna, nas comissões de trabalho e nas atividades inerentes ao cargo, através de um discurso qualificado denunciando o golpe contra a Presidente Dilma, no debate vitorioso contra a Reforma da Previdência e outros enfrentamentos ao governo ilegítimo que usurpou nosso governo democraticamente eleito através de um golpe. Elaborou e defendeu as matérias que lhes chegaram às mãos, como inúmeros pareceres em diversas Comissões Temáticas, com especial atenção à dos Direitos Humanos e os exemplos são tantos. Além do mais prestou contas de seu mandato percorrendo o Piauí e visitando os municípios, verificando os problemas e encaminhando as providências ao seu alcance. 

Nos últimos meses os agentes políticos veem tratando da formação de chapas na tentativa vão de ignorar a marcante presença e força de Regina no cenário, num desrespeito às decisões internas do Partido dos Trabalhadores, desqualificando e deslegitimando o PT e a senadora com argumentos frágeis carregados de preconceitos grotescos. Há, entre nossos críticos, aqueles que falam de arrogância do PT em pretender manter a chapa como está, enquanto a verdadeira arrogância está naqueles que se insurge contra um time que está ganhando há três mandatos e que tem mantido lealdade na caminhada de desenvolver o Estado do Piauí. A prova dessa unidade está inscrita nos índices de crescimento e desenvolvimento que estamos vivenciando no Piauí. Arrogância real está naqueles que se colocam contra a chapa proposta, em especial, aqueles que na campanha passada se encontravam na outra trincheira querendo nos derrotar. 

O calendário eleitoral se aproxima inexorável com sua rigidez de prazos que contrastam com a fluidez das decisões político-partidárias, em face da complexidade de variáveis e dos cálculos necessários para a tomada de decisão. Operação esta que está se pautando, em primeiro lugar, no conteúdo do programa de governo a ser cumprido, no arco de aliança e coligações, na definição de candidaturas e na montagem da estrutura e estratégias de campanha num momento difícil da vida nacional. A senadora Regina cabe a firmeza de posição, a continuidade de sua postura diante de suas atribuições de agente politico competente e responsável em suas decisões sempre voltadas mais pobres deste Estado e do Brasil. 

Nos dias de hoje, depois de tantos abalos no campo moral e no comportamento, ao ser político o que se pede é postura e respeito ao eleitorado com um trabalho sério e honesto. Esses requisitos, Regina já os detém e executa com muita seriedade. Nossa senadora não pode se transmutar em algo que ela não o é e não será – aquela pessoa de sorriso macabro e falso como o das hienas. Quem conhece Regina sabe que o seu sorriso é largo e bonito quando a ocasião requer, mas que é, sobretudo, sincero. Nos dias de hoje, é bom alertar que, para um eleitorado cada vez mais consciente e atento, não valem mais os sorrisos forçados permanentes que denunciam por si sós falsidades; os frios apertos de mãos e os abraços que nunca envolvem. O que se quer do político é postura e, postura, Regina tem e de sobra. 

Roberto John 
Um Militante do PT

23/07/2018

O povo pede Lula


Me chamo Nassar Jadão, coordeno uma rede de comunicação chamada “Rede PT no Parlamento”, que tem como propósito divulgar as notícias positivas do Partido, suas atividades e projetos. Nesse sábado (21) estive cobrindo um curso de formação política promovido pela JAE-Piauí (Juventude de articulação de esquerda do PT). O evento ocorreu em um assentamento do MST, chamado 17 de Abril, que fica no povoado Chapadinha, zona Rural de Teresina.

Ao lado do local onde estava acontecendo o curso, fica o acampamento oito de março; um local que foi totalmente consumido pelo fogo, em meados de setembro de 2017. Meu instinto de repórter fotográfico me levou a fazer umas imagens e conversar com alguns moradores.

Deparei-me com uma realidade bruta, um local inóspito, onde seres humanos precisam andar quilômetros para levar água à suas moradias (ou o que restou delas). Mas foi lá, onde a miséria é gritante e o governo golpista, que usurpou o poder para obedecer às leis orquestradas pelo “MERCADO”, simplesmente ignora a existência desse povo, que eu ouvi o grito de “LULA PRESIDENTE” mais alto, em um tom quase ensurdecedor.

Sai de lá com a convicção que nós, que estamos na linha de frente da defesa do presidente Lula, não temos o direito de desistir, pois existe um povo que deposita no LULA a única coisa que lhe que resta na vida...

A ESPERANÇA

Fotos: Nassar Jadão

10/07/2018

A 11ª jornada da Caravana Lula Livre • Região de Picos




A 11ª jornada da Caravana Lula Livre percorreu, nos dias 06 e 07, os municípios de Pio XI, Fronteiras, Vila Nova Campo Grande, Francisco santo, Santo Antônio do Lisboa, Aroeira do Itaim, Jaicós e Geminiano.

Com o objetivo de esclarecer a população sobre a perseguição política contra Lula; a caravana era recepcionada por uma verdadeira multidão por onde passava.

A resistência continua, até que se faça justiça e Lula.

Confira o álbum de fotos e os vídeos da caravana em nosso Facebook => Clicando aqui

27/06/2018

Não tenho pena de Manuela D’ávila • Texto: Fabíola Lemos

Fabíola Lemos
Alguém ja viu macho vaidoso debatendo com mulher inteligente? 

É de fazer pena assistir o corpo acusar, sem qualquer desfaçatez, o desespero de uma alma masculina. Suor, palidez, gesticulação excessiva e, o principal: os berros em tentativas frenéticas de interromper as desconcertantes argumentações daquela que deveria manter-se calada, encolhida e recolhida à seu medo "natural". 

Digo isso porque vivo em terra de homem que, em um mais simples gesto de cumprimento, se recusa a olhar na cara de uma mulher, que esteja acompanhada. A lógica inversa da ética faz muitos entenderem como uma espécie de afronta à seu dono - o homem. 

A pré-candidata à Presidência da Republica, Manuela D'ávila, no programa Roda Viva, foi exposta inescrupulosamente à um ritual de misoginia apelidado de "entrevista". 

Qualquer criança sabe que entrevista é um espaço onde a comunicação é protagonizada pela pessoa a ser entrevistada. Isso, claro, quando o interesse é ouvir as idéias do(a) interlocutor(a) e contribuir para o debate na sociedade. 

Frederico D'Avila, o "dito" repórter parece não saber nada sobre isso. 

Pra piorar, como um adolescente que só tem vida social em facebook, disparou que comunismo e fascismo são a mesma coisa. 

Mas onde tem macho graduado na Universidade do Fake News, tem também a famosa "vergonha alheia". Como ele vejo vários por ai todos os dias. 

Manuela phynissima plenissima transformou o embuste em uma piada nacional. 

Enquanto a moça dava um show de Sociologia, o nocauteado insistia em propor o apelativo, o palatável, bem ao gosto do cliente que só consome "obviedades". 

Não tenho pena de Manuela. Tenho orgulho! 

É assim que pisoteamos, com salto 15, a misoginia. 

Manuela deve ter tido seu momento de raiva e revolta por entender a violência da qual foi vítima. Mas, qual de nós já não conhece de forma íntima essa sensação que tanto nos cansa? 

Qual heroína não chega em casa cansada após o campo de batalha? 

Que nós mulheres aprendamos com a guerreira comunista e sigamos firmes na luta, causando muita raiva na macharada e nos revigorando a cada sensação de vitória.

Fabíola é professora de sociologia 

19/06/2018

Lideranças de Uruçuí apoiam pré-candidatura de Dr. Francisco Costa

Mais de 300 pessoas prestigiaram o lançamento da pré-candidatura do médico Francisco Costa a deputado estadual. O lançamento ocorreu no último sábado, dia 16, numa atividade coordenada por várias lideranças de Uruçuí, que estão apoiando a pré-candidatura do médico, que mais olhou e trabalhou pela saúde da cidade. 

O evento foi organizado pelo diretor do Hospital de Floriano, Edmar Figueiredo, que também foi diretor do Hospital Dirceu Arcoverde, e a atual diretora, Nazaré da Silva. Estavam presentes o vice-prefeito, Zé Humberto, os vereadores Gleyci, Marcelo do Sindicato e Tania Fianco, além do prefeito e vice-prefeito de Sebastião Leal, Ângelo Pereira e Evandro, e o vereador João Batista. Também declararam apoio o professor David Teixeira, o médico Gilberto Gonçalves e Alisson Guimarães, secretário municipal da Juventude. 



A grande adesão dos apoiadores se deve, principalmente, ao que Dr. Francisco Costa trabalhou para Uruçuí, quando foi secretário de Estado da Saúde, e mesmo afastado, continua fazendo. A reforma do Hospital Regional, que antes estava totalmente destruído, foi uma das ações feita por ele. A população passou a contar com um novo hospital, com novos equipamentos e uma nova ambulância, além de ampliação de leitos. O próximo desafio é finalizar o centro cirúrgico, obra que o pré-candidato já colocou como prioridade. 

Outras ações e os cuidados dispensados ao município de Uruçuí foram destaque, como proporcionar o acesso de mais de cem pessoas para realizarem cirurgias de catarata em Floriano, pelo programa Olhar Bem; autorizou que o programa Amigos do Peito fizesse mamografias para mulheres daqui e de municípios vizinhos. Agora, o serviço está presente de forma permanente no Hospital. 

Ainda como secretário de Estado da Saúde, Dr. Francisco Costa reformou a Regional de Saúde, implantando uma unidade descentralizada da Farmácia de Componentes Especializados e o primeiro Centro de Referência no Atendimento ao Trabalhador Rural – CEREST, do Piauí. 

Ao final do encontro, Dr. Francisco Costa reafirmou seu compromisso com Uruçuí e o Piauí. “Saio daqui mais motivado para buscar um espaço na assembleia legislativa para que aumente a nossa força de cobrança, de representatividade para que possamos continuar trabalhando pelo estado do Piauí e de uma forma muito especial, pela cidade de Uruçuí e toda essa região. Saio daqui mais comprometido a trabalhar dia e noite pelo que é o objetivo maior da gestão pública que é a melhoria da vida das pessoas”, finalizou.

09/06/2018

Delegação do Piauí participa de Congresso da Juventude do PT

Saída de Teresina 

A delegação da JPT Piauí encarrou uma viagem de três dias de ônibus para participar do Congresso Extraordinário da Juventude do Partido dos Trabalhadores, que aconteceu em Curitiba, nos dias 1º e 3 de junho. A partida da delegação foi acompanhada por membros da direção estadual. 


Secretaria de juventude do PT-PI
Marina Moura
Um total de 40 jovens participou da delegação, dentre eles Marina Moura, nova secretária da JPT Piauí, que fala da experiência de participar de um evento dessa importância. 

“Foi gratificante participar de debates e compartilhar experiências com jovens de todo Brasil, que, junto conosco, do Piauí, compõe a resistência de luta em torno da certeza que Lula é nosso candidato. Foram debatidos temas de extrema relevância, como as garantias dos direitos das minorias, educação, segurança, moradia, dentre outros. Além disso, foi produzido um documento que servirá para compor o plano de governo que o PT apresentará à sociedade na eleição desse ano”, relatou a secretária Marina

James Pereira, João Neto e Allysson Guimarães 

O congresso teve como principal objetivo discutir o Brasil que a juventude quer, com plenárias e painéis sobre defesa da democracia, eleições de 2018 e as mobilizações por Lula Livre.


PS: Confira as fotos do evento na página do Facebook da Rede PT no Parlamento => 
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08/06/2018

Dr. Francisco Costa: de prefeito a liderança estadual

Dr Francisco • Foto Nassar Jadão
• Trajetória

São das coincidências da vida que se revelam grandes oportunidades: em 2008, com a mudança do nome a candidato a prefeito de São Francisco do Piauí, a coligação contou com a disposição de um jovem médico para entrar na disputa eleitoral. Com apenas 28 anos de idade, Dr. Francisco Costa entrou em campo no que podemos dizer “nos acréscimos do segundo tempo”. E foi artilheiro: foi eleito prefeito do município com mais de 60% de votação. 

“Por problemas de saúde, o então candidato, em entendimento com o grupo e familiares, renuncia e nosso nome foi indicado para concorrer à eleição. Foi uma grata surpresa”, revela Dr. Francisco Costa. 

Como prefeito, focou em ações que para melhorar as condições de vida da população, por isso investiu fortemente nas áreas da saúde, educação, esportes e agricultura familiar, além de mobilidade urbana e rural e moradia popular. O resultado veio nas eleições em 2012, quando é reeleito. 

“Nesses dois mandatos, investimos fortemente em ações que trouxessem melhores condições de vida à população. Construímos e reformamos escolas, abrimos, reformamos e colocamos em pleno funcionamento, unidades básicas de saúde, além de adquirir equipamentos, ambulâncias, ampliamos as Equipes Saúde da Família(ESF)”, relembra.


• O desafio de gerir a saúde do Piauí



A experiência na gestão municipal de São Francisco do Piauí, nos períodos de 2008 a 2014, e a participação na equipe que elaborou o plano de Governo de Wellington Dias, o credenciou a ser convidado a assumir a Secretaria de Estado da Saúde, cargo que exerceu de 2015 a maio de 2017. “Foi um grande desafio, de fazer valer o planejamento que fizemos na campanha eleitoral, de levar serviços de saúde para mais próximo das pessoas. Desafio que, com muita humildade e pé no chão, e com aval do governador Wellington Dias, foi vencido e pudermos descentralizar os serviços de saúde para todo Estado do Piauí”.

• Governador Wellington Dias lhe dar uma nova missão

À frente do Instituto de Águas, entre 2017 e 2018, Dr. Francisco Costa promoveu avanços no saneamento, perfuração de poços para suprir a demanda por água em municípios do interior e regularização do abastecimento em Teresina onde cerca de 360 mil pessoas beneficiadas. 

“E agora iniciamos mais um ciclo, de poder trabalharmos mais pelo nosso Estado, representando os piauienses na Assembleia Legislativa. Por isso, apresentei meu nome como pré-candidato a deputado estadual, por entender que podemos fazer muito mais por nossa gente”, afirma Dr. Francisco Costa.

07/06/2018

Deputado Francisco Limma articula asfaltamento no interior

Deputado Francisco Limma
DER-PI abre licitação para asfaltamento de trecho entre São João do Arraial e Matias Olímpio 

Ação foi solicitada pelo deputado Francisco Limma junto ao Governo do Estado 

O Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER-PI) abriu licitação para o asfaltamento na rodovia estadual PI-117, no trecho São João do Arraial/Matias Olímpio/Barrinha. Os serviços de asfaltamento nessa região fazem parte de uma reivindicação da população e do deputado estadual Francisco Limma, agora atendida pelo governador Wellington Dias. 

São 33 quilômetros de extensão de estrada que tem valor estimado de 13 milhões de reais e vai beneficiar diretamente cerca de 20 mil habitantes dos dois municípios. 

O deputado Francisco Limma acredita que “no mês de julho deverá ser concluída a licitação e emitida a ordem de serviço para o início da obra que tem sido uma luta incansável nossa pelo desenvolvimento daquela região". 

Ainda de acordo com Limma, a obra irá beneficiar todos os que trafegam naquele trecho e trará mais desenvolvimento para o Estado, além de melhorar o transporte das riquezas produzidas na região. 

As empresas interessadas poderão obter no Edital mais elementos e informações sobre a licitação, bem como consultar os documentos junto à Comissão Especial de Licitação do Departamento de Estradas e Rodagem do Piauí, situado na avenida Frei Serafim, nº 2492, Centro, em Teresina.

24/05/2018

“Lula está no pleno gozo dos direitos políticos” diz palestrante durante abertura do Concipol

Luis Fernando Pereira
O evento será realizado até sexta-feira (25) com palestras e debates relativos ao tema

Durante a abertura do Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral do Piauí (Concipol) em Teresina, o palestrante e especialista em Direito Eleitoral, jurista e professor, Luiz Fernando Pereira afirmou durante a palestra “Caso Lula. O TSE pode corrigir o sistema legal de registro de candidaturas?” que a candidatura de Lula é um direito e que no momento há uma inelegibilidade provisória.

“Lula está no pleno gozo dos direitos políticos. Isso significa que o que tem contra ele é uma inelegibilidade provisória que pode ser revertida a qualquer tempo, assim pode ser pré-candidato e tem todas as prerrogativas, inclusive participar de sabatinas e debates que ocorram neste período, basta que a juíza da execução penal autorize”.

Auditório Ipê da Uninovafapi


Segundo Luiz Fernando desde a promulgação da Constituição de 1988, nenhum candidato chegou a ser impedido de registrar a candidatura. “Em nenhuma hipótese podemos afirmar que Lula está fora do cenário político, coisa que ninguém nunca afirmou. Pode ser que ele esteja fora por decisão própria ou do partido, mas legalmente não há como retirá-lo da disputa”.

O evento que está sendo realizado no auditório Ipê da Uninovafapi até sexta-feira (25) conta com mais de 50 palestrantes da Ciência Política e do Direito Eleitoral de todo o país e é voltado para estudantes e profissionais de direito. O congresso abordará cinco eixos principais: Corrupção e a criminalização da política; Direitos políticos e tratados internacionais; Financiamento de campanhas e de partidos; Imprensa e democracia no Brasil e Interpretação constitucional e sentimento social.

A abertura do evento contou ainda com a participação do presidente da Emgerpi, Décio Solano representando o Governo do Estado; da Procuradora Geral do Município e coordenadora científica do Concipol, Geórgia Nunes; Vice-presidente da OAB-PI, Lucas Villa; do deputado estadual, Marden Menezes e do coordenador Geral do Congresso Hemerson Daniel.

17/05/2018

Lula escreve no Le Monde: Por que eu quero voltar a ser presidente

Foto: Ricardo Stuckert
Sou candidato a presidente do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer o país retomar o caminho da democracia e do desenvolvimento, em benefício do nosso povo. Depois de tudo que fiz como presidente da República, tenho certeza de que posso resgatar a credibilidade do governo, sem a qual não há crescimento econômico nem a defesa dos interesses nacionais. Sou candidato para devolver aos pobres e excluídos sua dignidade, a garantia de seus direitos e a esperança de uma vida melhor. 

Na minha vida nada foi fácil, mas aprendi a não desistir. Quando comecei a fazer política, mais de 40 anos atrás, não havia eleições no País, não havia direito de organização sindical e política. Enfrentamos a ditadura e criamos o Partido dos Trabalhadores, acreditando no aprofundamento da via democrática. Perdi 3 eleições presidenciais antes de ser eleito em 2002. E provei, junto com o povo, que alguém de origem popular podia ser um bom presidente. Terminei meus mandatos com 87% de aprovação popular. É o que o atual presidente do Brasil, que não foi eleito, tem de rejeição hoje. 

Nos oito anos que governei o Brasil, até 2010, tivemos a maior inclusão social da história, que teve continuidade no governo da companheira Dilma Rousseff. Tiramos 36 milhões de pessoas da miséria extrema e levamos mais de 40 milhões para a classe média. Foi período de maior prestígio internacional do nosso país. Em 2009, Le Monde me indicou “homem do ano”. Recebi estas e outras homenagens, não como mérito pessoal, mas como reconhecimento à sociedade brasileira, que tinha se unido para a partir da inclusão social promover o crescimento econômico. 

Sete anos depois de deixar a presidência e depois de uma campanha sistemática de difamação contra mim e meu partido, que reuniu a mais poderosa imprensa brasileira e setores do judiciário, o momento do país é outro: vivemos retrocessos democráticos, uma prolongada crise econômica, e a população mais pobre sofre, com a redução dos salários e da oferta de empregos, o aumento do custo de vida e o desmonte de programas sociais. 

A cada dia mais e mais brasileiros rejeitam a agenda contra os direitos sociais do golpe parlamentar que abriu caminho para um programa neoliberal que havia perdido quatro eleições seguidas e que é incapaz de vencer nas urnas. Lidero, por ampla margem, as pesquisas de intenções de voto no Brasil porque os brasileiros sabem que o país pode ser melhor. 

Lidero as pesquisas mesmo depois de ter sido preso em consequência de uma perseguição judicial que vasculhou a minha casa e dos meus filhos, minhas contas pessoais e do Instituto Lula, e não achou nenhuma prova ou crime contra mim. Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por “atos indeterminados”. Alega, falsamente, que eu seria dono de um apartamento no qual nunca dormi, do qual nunca tive a propriedade, a posse, sequer as chaves. Para me prender, e tentar me impedir de disputar as eleições ou fazer campanha para o meu partido, tiveram que ignorar a letra expressa da constituição brasileira, em uma decisão provisória por apenas um voto de diferença entre 11 na Suprema Corte. 

Mas meus problemas são pequenos perto do que sofre a população brasileira. Para tirarem o PT do poder após as eleições de 2014, não hesitaram em sabotar a economia com decisões irresponsáveis no Congresso Nacional e uma campanha de desmoralização do governo na imprensa. Em dezembro de 2014 o desemprego no Brasil era 4,7%. Hoje está em 13,1%. 

A pobreza tem aumentado, a fome voltou a rondar os lares e as portas das universidades estão voltando a se fechar para os filhos da classe trabalhadora. Os investimentos em pesquisa desabaram. 

O Brasil precisa reconquistar a sua soberania e os interesses nacionais. Em nosso governo, o País liderou os esforços da agenda ambiental e de combate à fome, foi convidado para todos os encontros do G-8, ajudou a articular o G-20, participou da criação dos BRICS, reunindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e da Unasul, a União dos países da América do Sul. Hoje o Brasil tornou-se um pária em política externa, que os líderes internacionais evitam visitar, e a América do Sul se fragmenta, com crises regionais cada vez mais graves e menos instrumentos diplomáticos de diálogo entre os países. 

Mesmo a parte da população que apoiou a queda da presidenta Dilma Rousseff, após intensa campanha das Organizações Globo, que monopolizam a comunicação no Brasil, já percebeu que o golpe não era contra o PT. Era contra a ascensão social dos mais pobres e os direitos dos trabalhadores. Era contra o próprio Brasil. 

Tenho 40 anos de vida pública. Comecei no movimento sindical. Fundei um partido político com companheiros de todo o nosso país e lutamos, junto com outras forças políticas na década de 1980, por uma Constituição democrática. Candidato a presidente, prometi, lutei e cumpri a promessa de que todo o brasileiro teria direito a três refeições por dia, para não passar fome que passei quando criança. 

Governei uma das maiores economias do mundo e não aceitei pressões para apoiar a Guerra do Iraque e outras ações militares. Deixei claro que minha guerra era contra a fome e a miséria. Não submeti meu país aos interesses estrangeiros em nossas riquezas naturais. 

Voltei depois do governo para o mesmo apartamento do qual saí, a menos de 1 quilômetro do Sindicato dos Metalúrgicos do da cidade de São Bernardo do Campo, onde iniciei minha vida política. Tenho honra e não irei, jamais, fazer concessões na minha luta por inocência e pela manutenção dos meus direitos políticos. Como presidente, promovi por todos os meios o combate à corrupção e não aceito que me imputem esse tipo de crime por meio de uma farsa judicial. 

As eleições de outubro, que vão escolher um novo presidente, um novo congresso nacional e governadores de estado, são a chance do Brasil debater seus problemas e definir seu futuro de forma democrática, no voto, como uma nação civilizada. Mas elas só serão democráticas se todas as forças políticas puderem participar de forma livre e justa. 

Eu já fui presidente e não estava nos meus planos voltar a me candidatar. Mas diante do desastre que se abate sobre povo brasileiro, minha candidatura é uma proposta de reencontro do Brasil com o caminho de inclusão social, diálogo democrático, soberania nacional e crescimento econômico, para a construção de um país mais justo e solidário, que volte a ser uma referência no diálogo mundial em favor da paz e da cooperação entre os povos. 

Artigo originalmente publicado pelo jornal francês Le Monde

15/05/2018

Antônio José Medeiro lança manifesto aos Petistas

Manifesto à Base Petista, à direção e aos delegados e delegadas ao encontro estadual do Partido

Partido dos Trabalhadores – PT ( Simpatizantes e Filiados )



1. O grave momento que o Brasil atravessa coloca desafios fundamentais para o PT. O discurso-manifesto de Lula em São Bernardo do Campo conclama a todos a sermos as testemunhas da Ideia-Lula. Cada dia temos que manifestar nossa solidariedade a Lula e prosseguir nossa luta por sua liberdade e absolvição, bem como pela preservação de sua verdadeira imagem como grande ser humano que é e como principal liderança de esquerda no Brasil. 

2. A definição da estratégia eleitoral para 2018 deve ser coerente com essa grande tarefa. Nunca a articulação entre o nível nacional e o nível estadual da estratégia foi tão necessária nas decisões do PT. Vamos lutar para eleger Lula Presidente da República. E vamos lutar para reeleger o nosso Governador Wellington Dias. 

3. Mas a crise que vivemos desde o impeachment da presidente Dilma nos mostrou com clareza: um(a) presidente da República ou um(a) governador(a) de Estado não poderá executar um bom programa de governo se não começarmos a melhorar a qualidade da composição do Senado, da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas. 

4. Por isso, entre as prioridades de nossa campanha eleitoral no Piauí deve estar a reeleição da Senadora Regina Sousa e a ampliação da bancada do PT na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. 

5. Através deste Manifesto, estamos defendendo diante das bases e da direção do Partido, e em especial junto aos(às) delegados(as) ao próximo Encontro Estadual, que a decisão mais adequada é apresentarmos chapa própria do PT para deputado estadual e para deputado federal. 

6. Avançamos bastante na negociação interna e nas conversações com os partidos da base do Governo sobre a chapa própria do PT para deputado estadual. Reconhecemos o esforço feito nesse sentido pelo Presidente estadual do partido, por nossos parlamentares estaduais e pelos novos pré-candidatos. Precisamos avançar na discussão interna e nas conversações externas para solução semelhante em relação à chapa para deputado federal. E é importante que esse processo seja feito com ampla participação dos filiados e das filiadas, para a deliberação final pelo Encontro Estadual. 

7. A proposta aqui defendida não tem nenhum caráter sectário ou de “egoísmo partidário”. A reforma política é a mãe de todas as reformas. Ela estimulará novos comportamentos dos partidos e dos agentes políticos, e isso vai contribuir para o resgate do respeito à Política. Ora, a reforma política já está em andamento. A Emenda Constitucional nº 97 de 04.10.15 estabeleceu a “vedação de coligações proporcionais” a partir de 2020 e introduziu a cláusula de desempenho ou de barreira já a partir de 2018; e a Lei nº 13.487 de 06.10.17 instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha que, apesar das distorções, é um passo para o financiamento público de campanha. 

8. Ao propor a chapa própria do PT estamos apenas defendendo a antecipação de uma ideia que já está aprovada em lei para 2020. Uma ideia amplamente consensual. 

9. Evidentemente, além dessa preocupação estratégica, é necessário considerar também o aspecto tático – “o cálculo eleitoral”: 

a) o PT está apresentando cerca de dez pré-candidatos a deputado(a) federal, todos e todas com compromisso e muita motivação para contribuir para o fortalecimento do partido, no esforço de manter e ampliar a bancada de esquerda no Congresso Nacional; 

b) uma coligação em que dos cinco partidos que se propõem a ser parceiros quatro apresentem apenas um candidato e um apenas dois com votação expressiva previsível, considerando a votação que obtiveram na eleição passada, não parece um acordo justo. 

10. Ademais, uma coligação não se expressa apenas na coligação para cargos proporcionais; aliás, a partir de 2020 isso nem poderá mais ser feito. A coligação se expressa também na formação da chapa majoritária (governador, vice, dois senadores), onde além do partido do candidato a Governador, outros partidos estão representados. Somos a favor dessa representação pluripartidária. 

11. E os partidos coligados em torno da chapa majoritária sempre tiveram representação no governo de coalisão, ocupando cargos do primeiro escalão. O Governador Wellington Dias sempre manteve essa orientação e esse compromisso e deverá mantê-los no caso de sua reeleição. também 

12. Por fim, para a renovação de lideranças – mecanismo saudável para a vida de qualquer democracia – é importante que haja estímulo a um número maior de candidaturas, garantindo maior competitividade entre os candidatos mesmo dentro de cada partido. O PT sempre recomendou essa prática. 

13. É necessário relembrar o mais importante: a definição da tática eleitoral - momento em que a negociação entre os partidos é necessária e importante - não pode desconhecer que eleição é manifestação do povo e é o voto popular que decidirá sua concordância ou não com as bandeiras de campanha e também com as estratégias adotadas. O povo não é um detalhe!

• Para assinar o manifesto Clique aqui

02/05/2018

Artigo: O PT e as eleições 2018

Merlog Solano
Suplente de deputado Federal 
Tempos difíceis! O quadro político está longe de ter a clareza que tinha na época da construção do PT, nos anos 80. 

Hoje, enquanto partido, sofremos os efeitos das mudanças que ocorreram no Brasil nos últimos 15 anos. 

Temos a nosso favor o respaldo de boa parcela da população, que reconhece os avanços de melhoria de vida, oriundos de nossas políticas, assim como a identificação positiva com nossas maiores lideranças: Lula, no Brasil, e Wellington Dias, no Piauí. 

Contra nós, todavia, se levanta uma formidável frente de forças conservadoras articuladas em partidos políticos, entidades empresariais, oligopólios midiáticos e segmentos importantes do aparelho de Estado. 

Os objetivos claros destas forças conservadoras são: quebrar a enorme sintonia entre a população e Lula, desgastar o PT o máximo possível e isolá-lo políticamente. 

No caso do Piauí, onde somos governo, sofremos os efeitos graves da queda de arrecadação advinda das transfências federais e do inevitável crescimento das despesas em razão da folha e do déficit da previdência. Como sabemos, isto limita a capacidade de investimento. 

Numa conjuntura como esta, às véperas das definições finais para a eleição, temos que acertar nossa estratégia eleitoral com o governador. 

Penso que os objetivos principais sejam: a reeleição do governador e aumentar a bancada na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. 

É olhando para a importância estratégica de manter o governo do Estado que devemos tomar as decisões de tática eleitoral. 

À frente do governo, teremos 4 anos para nos preparar para o aprofundamento dos embates entres os projetos partidários, uma vez que a legislação eleitoral impõe o fim das coligações proporcionais a partir de 2020. 

Este é o caminho: diálogo e entendimento do PT com o governador Wellington Dias. 

Merlong Solano Nogueira 
Suplente de deputado federal pelo PT