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11/09/2018

As exigências do capital financeiro para 2018

Marcelo Mascarenha
•Marcelo Mascarenha 

O capital financeiro, o alto empresariado nacional e as grandes corporações multinacionais querem um presidente que garanta privatizações, redução de recursos para politicas sociais, aumento dos recursos para pagamento da divida, flexibilização dos direitos trabalhistas e subordinação à politica externa norte-americana. 

Uma pauta regressiva dessas, que aumenta a concentração da riqueza na mão dos mais ricos e penaliza os mais pobres, logicamente vai despertar resistência: greves, manifestações, mobilização popular. 

Por isso, eles também querem um presidente disposto a fazer tudo isso, e ainda promover redução da democracia, repressão policial e perseguição judiciária contra quem se opor a essas medidas. Um Estado de Exceção, um Estado Policial Máximo, para assegurar o Estado Mínimo para os mais pobres (porque seguirá sendo um Estado-mãe para os mais ricos). A opção da elite econômica pelo Bozo é porque ele está comprometido até o pescoço com essa pauta. 

O problema é só convencer o povo. Que quer votar em Lula, mas sendo impedido de votar assim, já demonstrou que prefere Haddad, Ciro ou Marina, nunca o Bozo, que apanha de todo mundo, até do picolé de chuchu. 

Apesar da violência da cassação do Lula, das seguidas decisões contra a campanha do PT, apesar de rasgarem a Constituição, a própria jurisprudência dos tribunais, os tratados internacionais e sacrificarem o Direito brasileiro no altar neoliberal, ainda assim o povo insiste em garantir, pelo voto, a vitória de um programa econômico voltado para a maioria, e não para a minoria privilegiada. 

Eis então que entra em cena a turma da farda para dar um recado: Democracia para a elite econômica é só um detalhe. Se pelo voto a maioria do povo não der a vitória a quem eles querem, eles podem rasgar a fantasia de democratas. Já perceberam que pelo voto as chances de vencer são remotíssimas, e começaram a mandar as mensagens: basta ver as entrevistas do vice Mourão e do Villas-Boas para compreender o que está em jogo. 

Então nos preparemos: há muita luta pela frente.

Marcelo Mascarenha é Procurador do Município de Teresina e membro da Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia

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