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30/07/2018

A legitimidade de Regina Sousa

A Senadora Regina Sousa não tem só o direito como tem a legitimidade para participar e pleitear a sua presença na chapa majoritária nas eleições em 2018. Regina, para além de sua condição de mulher possui os requisitos históricos, políticos e morais construídos e vivenciados no cotidiano da construção, institucionalização, consolidação e afirmação do partido no Piauí e no Brasil. Além do mais, a partir da renúncia voluntária do então senador Wellington Dias para assumiu o Governo do Piauí em 2014, ela é a detentora inquestionável do mandato e de todas as prerrogativas imanentes ao cargo, inclusive de concorrer à reeleição, situação ora revertida a partir do convite do governador para compor a chapa majoritária, ao seu lado, como vice-governadora. 

A mulher, hoje senadora pelo PT, Regina Sousa, desde a adolescência adquiriu consciente política de que deveríamos e devemos lutar contra as injustiças, a humilhações e opressões sociais e políticas. Muito antes da criação o PT e da CUT já se confrontava contra as condições de trabalho no campo (a exploração das quebradeiras de coco na extração e quebra do babaçu no município de União) e na cidade (na luta por direitos e salários dignos para os professores, bancários e demais trabalhadores) através de uma militância sindical atuante nos sindicatos, associações profissionais e na CUT. Uma vez guerreira sempre guerreira. 

Não há como questionar a legitimidade da senadora Regina para compor a chapa majoritária, a não ser por arrogância, ignorância, preconceito ou má fé de adversários políticos que se utilizam de parte da mídia que vive submissa aos seus interesses historicamente, no exato sentido weberiano inscrito no texto “política como vocação” ao falar sobre um tipo de jornalismo. As criticas e comentários jocosos contra a senadora são de uma pobreza de espírito sofrível e assustadora em plena primeira quadra do século 21. Parecem ser emitidos por seres saídos da Idade Média de tão pobres na análise histórica, sociológica e civilizatória, com conceitos petrificados em preconceitos que os cegam diante das mudanças no mundo. 

Regina tem a legitimidade conferida pela sua história política através da militância junto aos movimentos sociais, sindicais e políticos. Desde a juventude Regina, juntamente com vários companheiros e companheiras mobilizaram, organizaram, formaram, debateram e dirigiram as ações que nos fizeram chegar até hoje. Na sua dedicação ao Partido dos Trabalhadores ajudou e apoiou muitos companheiros e companheiras como uma fada madrinha sempre pronta, incondicionalmente, a dar o apoio fazendo da lealdade uma de suas maiores virtudes e que, sem nenhuma vaidade, chegou a renunciar a vários apelos de candidaturas em nome do nosso projeto. Chegou a hora da reciprocidade sem imposição, mas como uma reivindicação justa, não só do PT, mas da sociedade piauiense que precisa conhecer melhor o caráter e o compromisso dessa mulher.  

Além desses requisitos que consolidam e legitimam a sua justa presença na chapa majoritária de 2018, é necessário consignar a competência como assumiu seus mandatos no Sindicato, CUT, PT, Secretaria de Estado da Administração e no Senado da República, dignificando-os com atuação firme e competente. Neste último destacou-se na tribuna, nas comissões de trabalho e nas atividades inerentes ao cargo, através de um discurso qualificado denunciando o golpe contra a Presidente Dilma, no debate vitorioso contra a Reforma da Previdência e outros enfrentamentos ao governo ilegítimo que usurpou nosso governo democraticamente eleito através de um golpe. Elaborou e defendeu as matérias que lhes chegaram às mãos, como inúmeros pareceres em diversas Comissões Temáticas, com especial atenção à dos Direitos Humanos e os exemplos são tantos. Além do mais prestou contas de seu mandato percorrendo o Piauí e visitando os municípios, verificando os problemas e encaminhando as providências ao seu alcance. 

Nos últimos meses os agentes políticos veem tratando da formação de chapas na tentativa vão de ignorar a marcante presença e força de Regina no cenário, num desrespeito às decisões internas do Partido dos Trabalhadores, desqualificando e deslegitimando o PT e a senadora com argumentos frágeis carregados de preconceitos grotescos. Há, entre nossos críticos, aqueles que falam de arrogância do PT em pretender manter a chapa como está, enquanto a verdadeira arrogância está naqueles que se insurge contra um time que está ganhando há três mandatos e que tem mantido lealdade na caminhada de desenvolver o Estado do Piauí. A prova dessa unidade está inscrita nos índices de crescimento e desenvolvimento que estamos vivenciando no Piauí. Arrogância real está naqueles que se colocam contra a chapa proposta, em especial, aqueles que na campanha passada se encontravam na outra trincheira querendo nos derrotar. 

O calendário eleitoral se aproxima inexorável com sua rigidez de prazos que contrastam com a fluidez das decisões político-partidárias, em face da complexidade de variáveis e dos cálculos necessários para a tomada de decisão. Operação esta que está se pautando, em primeiro lugar, no conteúdo do programa de governo a ser cumprido, no arco de aliança e coligações, na definição de candidaturas e na montagem da estrutura e estratégias de campanha num momento difícil da vida nacional. A senadora Regina cabe a firmeza de posição, a continuidade de sua postura diante de suas atribuições de agente politico competente e responsável em suas decisões sempre voltadas mais pobres deste Estado e do Brasil. 

Nos dias de hoje, depois de tantos abalos no campo moral e no comportamento, ao ser político o que se pede é postura e respeito ao eleitorado com um trabalho sério e honesto. Esses requisitos, Regina já os detém e executa com muita seriedade. Nossa senadora não pode se transmutar em algo que ela não o é e não será – aquela pessoa de sorriso macabro e falso como o das hienas. Quem conhece Regina sabe que o seu sorriso é largo e bonito quando a ocasião requer, mas que é, sobretudo, sincero. Nos dias de hoje, é bom alertar que, para um eleitorado cada vez mais consciente e atento, não valem mais os sorrisos forçados permanentes que denunciam por si sós falsidades; os frios apertos de mãos e os abraços que nunca envolvem. O que se quer do político é postura e, postura, Regina tem e de sobra. 

Roberto John 
Um Militante do PT

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