Limma reage a distorções sobre fome no Piauí e reafirma trajetória de avanços sociais
Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o vice-presidente da Casa, deputado Francisco Limma (PT), pronunciou-se com firmeza contra publicações que atribuíram ao Estado dados incorretos sobre fome. O parlamentar repercutiu nota de repúdio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que esclareceu equívocos na divulgação dos números de insegurança alimentar apresentados na pesquisa mais recente do IBGE.
Desinformação em debate
O ponto central do pronunciamento foi a contestação da afirmação de que “39,3% dos piauienses passam fome”, disseminada por um portal local. A nota do MDS esclarece que a metodologia do IBGE adota três níveis de insegurança alimentar — leve, moderada e grave — e que apenas no nível “grave” é caracterizado o conceito técnico de fome.
Segundo o Ministério, o índice de fome no Piauí caiu para 4% em 2024, depois de atingir 34% em anos anteriores, o que representa uma redução de 88%. Nesse cenário, o Piauí alcança uma das menores taxas de fome do Nordeste, empatando com Sergipe.
Limma classificou como “uso de fake news para confundir a opinião pública” a divulgação distorcida dos dados e criticou a prática por “tirar a credibilidade” de veículos de imprensa. Ele ressaltou que essa conduta seria minoritária entre os meios de comunicação, embora perigosa por seu potencial de desinformar.
O parlamentar fez questão de destacar o papel do MDS como referência nacional no processo que levou o Brasil a sair do Mapa da Fome e que colocou o Piauí entre os estados de destaque em inclusão social e soberania alimentar.
“Que esse tipo de prática não encoraje outros que, de má-fé, usem das informações para macular a imagem do governo e de gestores comprometidos com a causa”, concluiu.
Disputa de narrativas
O pronunciamento de Francisco Limma reafirma a trajetória de avanços sociais do Piauí, destacando o compromisso do governo estadual com políticas eficazes de combate à fome e de redução das desigualdades.
Ao mesmo tempo, o deputado rebate interpretações alarmistas feitas por adversários políticos ou por veículos críticos, classificando-as como tentativas de desinformar e distorcer o debate público.
A disputa sobre os números e suas interpretações revela que, no campo político, os dados estatísticos também são instrumentos de disputa simbólica: quem informa, quem define as categorias e quem comunica ao público exerce poder sobre a percepção da realidade.

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