Pesquisar este blog

01/08/2013

O Brasil da vida real segue em frente

Merlong Solano

Texto de Merlong Solano



A ordem na grande mídia é pintar um quadro de caos, a partir de problemas que realmente afetam a vida de muitas pessoas. Não há qualquer espaço para avaliar com seriedade as políticas inovadoras que estão sendo implementadas para melhorar a educação e a saúde, como por exemplo a expansão e interiorização do ensino profissionalizante, Mais Educação, a Escola de Tempo Integral e, na área da saúde, o Mais Médicos e os significativos investimentos em expansão de programas como o Saúde da Família, bem como os investimentos em ampliação da infraestrutura dos serviços de saúde.

Enquanto isto, um Brasil - que muitas vezes permanece em silêncio (pelo menos no que diz respeito às ruas) - continua se beneficiando da prioridade política de perseguir o crescimento econômico com distribuição de renda. A despeito do desempenho acanhando da economia neste ano de 2013, no primeiro semestre o Brasil gerou 826,1 mil novos empregos formais. E o que é melhor, dados do Ministério do Trabalho mostram que o salário médio de admissão cresceu de R$ 1.072,33 em 2012 para R$ 1.090,52 nesta primeira metade de 2013; fato que indica melhor qualidade dos empregos gerados bem como maior capacidade de inclusão social ao colocar mais dinheiro no bolso de quem trabalha.

Neste mesmo sentido, a combinação de geração de empregos formais com políticas sociais e expansão de serviços públicos, faz que o representante da ONU, Jorge Chediek, afirme "vemos que políticas sociais e econômicas farão com que o Brasil atinja o resultado de 100% de redução da pobreza extrema". 
Observação como esta nasce da observação de quem avalia o problema da pobreza no mundo todo e da análise de dados técnicos como é o caso do índice de gini, tradicional indicador da concentração ou distribuição da renda. De acordo com o IPEA, este índice caiu de 0,64 para 0,54 nos últimos 10 anos. Gini varia de 0 a 1 (sendo que 1 indicaria total concentração da renda, enquanto 0 indicaria total distribuição da renda). Por anos a fios nos seminários e aulas da academia todos nós lamentamos o fato do índice de não cair no Brasil, ao contrário apresentar sempre tendência a crescer.

Nos governos liderados pelo PT, com o concurso de outros importantes partidos políticos, a tendência à concentração da renda foi quebrada e substituída pela tendência à distribuição da renda. isto não é pouca coisa e não tenho dúvida que este fato está na base do ataque virulento que o projeto de governo que defendemos sofre sistematicamente na grande mídia. Alguns impérios de comunicação, verdadeiros oligopólios, se formaram sob as asas da ditadura e continuaram crescendo em épocas em que a concentração da renda era a regra, sem que jamais este gravíssimo problema se tornasse pauta nos noticiários; ao contrário as muitas greves de trabalhadores sempre tinham cobertura negativa.

É preciso pensar nisto: Que interesses defendem os grupos bilionários que 
controlam a grande mídia no Brasil?

Merlong Solano é professor da UFPI, deputado estadual pelo PT do Piauí e atualmente ocupa o cargo de secretário  estadual das cidades

Nenhum comentário:

Postar um comentário