Projeto vai
transformar São João no maior polo frutífero do semiárido piauiense,com mil hectares irrigados. |
Inicia em novembro a ampliação do Assentamento Marrecas, em São João do Piauí, que vai passar de sete para mais de mil hectares irrigados. A informação foi repassada pelo superintendente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF), Valdiney Bizerra de Amorim, em reunião com a deputada estadual Rejane Dias, idealizadora do projeto.
Os números são altos. Quando concluído, a área deve produzir mais de 60 toneladas de frutas anualmente, com previsão de gerar R$ 96 milhões. Inicialmente serão beneficiadas 200 famílias, com uma previsão de rende mensal de R$ 5,4 mil para cada uma delas, além da criação de mais de 10 mil empregos ligados à atividade.
Deputada Rejane Dias |
“Estamos lutando por este projeto faz algum tempo e agora vamos ver ele sendo iniciado. Será um novo tempo para a região de São João”, comemorou a deputada estadual Rejane Dias.
O Projeto Marrecas está no pacote de obras do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) custeado em R$ 52 milhões, dos quais R$ 7.128.000,00 (milhões) já estão disponíveis para o início da obra. Foram analisados mil hectares da área do assentamento, que apresentou boas condições para a implantação do sistema irrigado, como solo totalmente viável para plantar.
“Na próxima semana o projeto será enviado ao TCU (Tribunal de Contas da União), que analisa e libera para que em setembro seja feita a licitação e depois a obra inicializada”, explicou Valdiney Amorim.
Nova Petrolina
De acordo com a Codevasf, a sistemática de implantação e expansão do Marrecas é a mesma que transformou Petrolina no maior polo em fruticultura do Nordeste.
Dos mil hectares que serão implantados, 500 serão utilizados para a produção de uva. Na outra metade, os assentados plantarão caju, acerola, goiaba, manga, melancia, banana, abacaxi e melão, entre outras.
No primeiro ano estão previstos R$ 12 milhões em investimentos. Os recursos devem ser suficientes para preparar o terreno para as obras físicas, concluir o reservatório de água (já iniciado), abrir as estradas de acesso aos lotes e construir a primeira etapa do sistema de irrigação, que terá 7 eletrobombas.
Na segunda etapa, serão realizadas obras semelhantes no restante da área. Por final, serão construídas edificações civis, como galpões, escritórios, casas para técnicos agrícolas e uma unidade de beneficiamento de pescado.
De acordo com o projeto, o assentamento será composto por duas agrovilas, com 25 quilômetros de estradas interligando-as aos principais acessos do município. Está prevista, ainda, através de outras fontes de recursos, a construção de duas escolas e um posto médico.
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