Os imigrantes não destroem economias, eles as constroem
Nos Estados Unidos, os imigrantes são força vital. Representam quase 20% da força de trabalho e sustentam setores inteiros da economia, da agricultura à tecnologia. Geram riqueza, inovação e pagam bilhões em impostos, muitas vezes sem acesso pleno aos direitos que ajudam a financiar. Ou seja, não são um peso, mas o motor silencioso que faz o país funcionar.
Mesmo assim, continuam sendo tratados como criminosos por um sistema que os explora e depois os culpa. O mesmo discurso conservador que se ergue contra os migrantes é o que defende os lucros dos grandes bancos e a precarização do trabalho. A vitória de Mamdani desmonta essa mentira.
Um imigrante governa agora o coração financeiro do capitalismo mundial. Isso é mais do que simbólico, é revolucionário.
Mamdani não chegou ao poder escondendo suas origens, mas afirmando-as com orgulho. Defendeu moradia popular, transporte público acessível, direitos humanos e solidariedade com a Palestina. Falou a língua do povo, e o povo respondeu. É a política voltando a ter rosto, voz e coragem.
Para a esquerda latino-americana, especialmente para nós do campo petista, há aqui um eco poderoso. Assim como Lula, o operário nordestino que virou presidente, Mamdani mostra que a esperança nasce das margens, dos invisíveis, dos que não tinham lugar à mesa.
A eleição de um prefeito imigrante em Nova York é mais que um evento eleitoral. É um lembrete de que o trabalho dos imigrantes sustenta as nações, e que o mundo só será justo quando nenhum trabalhador for criminalizado por cruzar fronteiras em busca de dignidade.
Porque quando um imigrante chega ao poder, é o povo do mundo inteiro que vence.
E quando o povo vence, o capitalismo treme.

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