Presidente do TCE Kennedy Barros se reuni com deputado Fábio Novo para tratar da implantação da Lei Estadual nº 6.253/2012 |
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) vai realizar auditoria nos 20 maiores municípios piauienses para viabilizar a efetiva aplicação da Lei Estadual nº 6.253/2012, de autoria do deputado estadual Fábio Novo (PT). A Lei, que já está em vigor desde o dia 22 de agosto deste ano, prevê que os candidatos eleitos para o cargo de prefeito têm o direito de instituir equipe de transição para inteirar-se do funcionamento dos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Municipal antes de tomarem posse.
A ação foi acertada nesta terça-feira (16) durante reunião entre o presidente do TCE-PI, Kennedy Barros, e o deputado estadual Fábio Novo, na sede do Tribunal. De acordo com o parlamentar, o principal objetivo da equipe de transição é evitar a dissolução de continuidade da Administração Pública.
Dep. Fábio Novo |
“A proposta cria um mecanismo legal que obriga os gestores a repassarem informações relativas às contas públicas, programas e projetos do governo – municipal ou estadual – ao futuro governante”, explica Novo.
Segundo o presidente do TCE-PI, Kennedy Barros, o Tribunal vai regulamentar a referida Lei de forma a orientar os gestores sobre como as informações da prefeitura devem ser disponibilizadas aos futuros governantes.
“Vamos auditar 20 municípios. No entanto, isso não impede que outras cidades nos provoquem e solicitem o envio de técnicos para que as contas sejam averiguadas. Essa nova Lei vai ao encontro à moralidade na Administração Pública e vamos fazer nossa parte para efetivá-la”, diz.
O presidente do TCE reforça que na próxima quinta-feira (18), a partir das 8 horas da manhã, os conselheiros se reunirão no plenário do Tribunal para discutirem a regulamentação da Lei que institui as equipes de transição. Os conselheiros irão definir se a recusa do atual gestor em fornecer as informações, repassar informações equivocadas, ou ainda cometer ato omissivo que cause prejuízos à população podem ser consideradas faltas graves e, consequentemente, fatores que determinem a reprovação das contas do gestor. A reunião servirá ainda para a definição dos 20 municípios que serão auditados.
Além do TCE-PI, a Associação Piauiense do Ministério Público já se articula para que a Lei seja respeitada no Estado. O presidente da APMP, Paulo Rubens Parente Rebouças, afirma que todos os promotores de Justiça já receberam uma cópia da Lei e atuam para garantir sua implementação.
Pres. da APMP Paulo Rubens |
“Em vários municípios é comum gestores não eleitos utilizarem ‘práticas desonestas’ para não fornecerem as informações necessárias requisitadas pelos prefeitos que vão assumir a administração, apagando dados de computadores e destruindo arquivos e documentos, por exemplo. A presença da equipe de transição inibirá, invariavelmente, este tipo de ação criminosa”, finaliza Paulo Rubens.
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