Com coragem, lucidez e compromisso com o povo de Teresina, o deputado estadual Fábio Novo (PT) usou o grande expediente da sessão plenária desta terça-feira (13) para denunciar o colapso do transporte coletivo da capital e cobrar providências firmes da Prefeitura. O parlamentar responsabilizou o prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) pela greve que penaliza diariamente milhares de teresinenses, e defendeu uma proposta ousada e transformadora: a criação de uma companhia municipal para fiscalizar e gerir o sistema de transporte público.
"Vamos continuar com esse mesmo lenga-lenga, esse mi-mi-mi, enquanto a população sofre sem ônibus, e o sistema segue em greve e precário? Precisamos de um gestor com coragem para romper com esse modelo falido!", disparou o petista, indignado com a falta de soluções concretas por parte do Executivo municipal.
Fábio Novo fez questão de lembrar que a crise não é por falta de dinheiro, mas sim por falta de transparência e de gestão. Ele denunciou que o repasse mensal às empresas de ônibus aumentou de R$ 4,7 milhões para R$ 6 milhões, mesmo com a cobertura do serviço atingindo apenas 10% da população. "Antes se pagava 2 milhões para atender 60% da cidade. Essa conta não fecha. Está na hora de colocar o dedo na ferida", afirmou o parlamentar, chamando atenção para a necessidade urgente de uma auditoria séria nas contas públicas.
O deputado ainda criticou duramente a omissão da Prefeitura em apurar responsabilidades. Segundo ele, há um pacto político de silêncio entre Sílvio Mendes e o ex-prefeito Dr. Pessoa, impedindo a realização de uma auditoria na gestão anterior. "Tá igualzinho ao Dr. Pessoa. Não sabe o que diz. Que contas são essas que ninguém conhece? Por que não se faz auditoria?", questionou Fábio Novo, exigindo respeito com o povo de Teresina.
Apontando saídas, o petista apresentou exemplos bem-sucedidos de outras capitais brasileiras como São Paulo, Curitiba e Brasília, que romperam com modelos privatistas ineficientes e criaram companhias públicas municipais, capazes de garantir maior controle, transparência e eficiência com o uso de tecnologia. "Se há um rombo, é preciso parar tudo, auditar, identificar os responsáveis e tomar as providências cabíveis. O povo não pode continuar pagando essa conta!", enfatizou.
Fábio Novo lembrou ainda que Teresina convive com o drama do transporte há mais de 40 anos e que, durante a campanha, Sílvio Mendes se apresentou como alguém que "sabia resolver o problema". No entanto, ao assumir, admitiu falhas no sistema que ele mesmo ajudou a criar, e cinco meses depois, o caos permanece – com subsídio mais alto, menos ônibus e a cidade mergulhada em mais uma greve.
A fala contundente de Fábio Novo ressoa como um chamado à mobilização popular por um transporte coletivo digno, acessível e gerido com responsabilidade. É hora de mudar o rumo das coisas. É hora de romper com os privilégios e colocar o povo no centro das decisões.
Fonte: al.pi.leg.br
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