Deputado Merlong Solano PT-Piauí
Foto: Michel Jesus
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O deputado federal Merlong Solano (PT) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para denunciar a omissão do governo federal diante do derramamento de óleo nas praias do Nordeste, que ameaça chegar ao Parque Nacional de Abrolhos, maior santuário de biodiversidade do Atlântico Sul. “Antes de qualquer medida prática, veio a tentativa de politizar o assunto por meio de acusações à Venezuela e ao Greenpeace”, disse.
Merlong destacou que o Ministério do Meio Ambiente deveria ter acionado o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por óleo, que permitiria a rápida aplicação de recursos humanos e financeiros. O petista sugeriu que o governo garanta ao Ibama e à Marinha condições para, em conjunto com as secretarias estaduais de meio ambiente, definir um plano de mitigação de impactos, além de formular um programa emergencial de apoio às vítimas da tragédia, contemplando inclusive o pagamento de uma bolsa temporária.
“O governo federal não articulou seus próprios ministérios, que agiram de modo isolado. A ação federal tem sido acanhada e lenta. Até aqui,o efetivo destacado pela Marinha foi de pouco mais de 1500 militares e, mais grave, foram quase dois meses para chamar o Exército pra ajudar no trabalho de limpeza das praias”, frisou.
O desastre ambiental atingiu até o momento 268 praias, de cerca de 90 municípios dos nove estados do Nordeste. Em seu discurso, o deputado ressaltou os efeitos da tragédia, como a contaminação química decorais e manguezais; prejuízo aos marisqueiros e pescadores; e prejuízo à cadeia de turismo no Nordeste, desde hotéis e resorts às atrações culturais.
“Não dá pra governar um País como o Brasil tuitando e postando vídeos sobre leões e hienas com ameaças a instituições basilares do Estado Democrático. Governar é enfrentar os problemas e oferecer um caminho de esperança para a nação. Talvez seja pedir demais que Bolsonaro ofereça esperança, mas enfrentar problemas do dia a dia é dever de casa básico, e o problema agora se resolve metendo a mão no óleo (com a devida proteção) para defender nossa biodiversidade e as milhares de pessoas que dela dependem”, concluiu Merlong.
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