Evento reuniu mais de 600 pessoas, em formato híbrido, na sede da FPA. • |
No ultimo dia 05 a Fundação Perseu Abramo realizou o painel “A Realidade Brasileira e os Desafios do PT”. Para falar sobre o tema, foram convidados Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Lincoln Secco, professor do Departamento de História da USP, e Liana Cirne, vereadora, reeleita pelo PT de Recife (PE).
O evento abre a série de três painéis que será realizada pela instituição para “esquentar” os debates previstos para o início de dezembro, que serão realizados pela em parceria com a direção nacional do PT, em Brasília.
Ao abrir o painel, Paulo Okamotto, presidente da FPA já apontou que as discussões seguirão, inclusive em 2025. “Existe apreensão no Brasil, no planeta e no mundo do trabalho. Precisamos de um esforço coletivo pela igualdade social e combate à pobreza”.
Ele celebrou o número de inscritos no painel e o fato de que, em Brasília, será possível reunir mais interessados para debater. O evento reuniu cerca de 700 pessoas, a distância, além dos presentes no auditório da fundação. O debate foi mediado por Brenno Almeida, vice-presidente da Fundação.
“O Brasil mudou muito desde que o PT nasceu. E nossas disputas, hoje, ocorrem numa realidade nova de organização da sociedade”, destacou a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do partido. Ela lembrou dos ataques sofridos pelo partido nos últimos anos e da ascensão da extrema direita nacionalmente.
As bases
“É na base que vocês têm de buscar porque o PT não tem a ressonância que teve no passado”, afirma o professor Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Essa consulta em cada município foi reforçada pelo convidado. Ele mostrou preocupação com a formação de lideranças novas no PT e que a “inclusão pelo consumo” pode ter se esgotado. “As derrotas em 2024 podem expressar que o partido não foi além com quem melhorou de vida”, argumenta Ribeiro.
Bandeiras de luta
Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ressaltou que o partido acumulou lutas e experiências, além de ter aumentado os mecanismos de controle social, por meio dos conselhos e conferências de políticas públicas.
“Temos várias tendências dentro do partido, mas o ideal é eleger bandeiras que todos devem seguir, para torná-las bandeiras nacionais. Assim, poderemos dar respostas à sociedade”, argumentou.
Ocupar territórios
Professor do Departamento de História da USP, Lincoln Secco frisou que o partido precisa ocupar os diversos territórios, sendo que pode “estar presente” na periferia, mas não está organizado. Para Secco, no momento, a direita forma jovens, se organiza, espalha seus valores e tem militantes.
Ele defende a linha de que a legenda destaque ganhos econômicos, como a valorização do salário mínimo, e a luta para aumentar direitos. “Esta classe de renda média, por exemplo, não está seduzida pelo PT. Mas o PT já tem políticas a favor do tal ‘empreendedor”, diz.
Pauta
Pauta
Vereadora, reeleita, de Recife (PE), Liana Cirne refutou a possibilidade de o Partido aproximar-se das ideias do centro político. “Mas, qual é a esquerda que nós somos. Qual é a agenda que temos e como alcançá-la?”, questionou.
Liana também mostrou-se preocupada em garantir a reeleição de Lula em 2026 e com as soluções concretas para os cidadãos em cada município, “para além dos debates ideológicos”.
No painel, as questões feitas ontem aos convidados, que não puderam ser respondidas, também poderão ajudar nas intervenções do seminário de Brasília, marcado para os dias 5 e 6 de dezembro.
Os próximos painéis da FPA estão marcados para 12/11 (O Novo Mundo do Trabalho) e 26/11 (Comunicação e as novas formas de sociabilidade) no mesmo formato híbrido. Veja como se inscrever aqui:
Para saber mais sobre a programação de Brasília, acesse aqui:
https://seminario.pt.org.br/
Fonte: fpabramo.org.br
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Fonte: fpabramo.org.br
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