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29/01/2018

Senadora Regina Sousa visita agricultura familiar cultivada no cerrado

Em sua passagem por Uruçuí, a senadora Regina Sousa (PT) conheceu projetos de agricultura familiar na vizinha cidade de Benedito Leite (MA) e no Assentamento Santa Teresa, em Uruçuí, a convite de David Teixeira do Instituto da Promoção Social (IPS). "Uma prova real de que cerrado não é apenas agronegócio. É nisso que eu acredito. Irei citar as duas experiências como referência em discurso no Senado. Temos que apoiar iniciativas como essas", declarou.

Em Benedito Leite, quatro irmãos produzem hortifrutigranjeiros e geram renda e emprego para 10 famílias diretamente. Numa área de apenas cinco hectares eles estão produzindo alface, quiabo, feijão, milho, cheiro verde, coco, maracujá, macaxeira e tomate. "Eu era motorista em São Paulo e há dois anos estou aqui. Não penso mais em voltar", disse um dos irmãos, Paulo Pereira.

Com apenas três máquinas simples para arar, eles acabam de investir quase R$ 15 mil na construção de estufas para proteger a plantação no período da chuva. João Pereira, que já está na terra há 20 anos, está negociando uma nova propriedade para ampliar a sua produção. "Tudo que conquistei veio daqui", afirma mostrando a casa, carro e citando a importante contribuição da filha que estudou Agronomia na Universidade Estadual do Piauí e repassou técnicas que melhorar a produção. Agora, um grupo de estudantes da Universidade está conhecendo o projeto e começa a experimentar a produção de amendoim numa pequena área cedida pelos irmãos.

A parlamentar também conheceu o assentamento Santa Teresa onde vivem 70 famílias que produzem principalmente caju e cajuína. Neste ano, a produção totalizou mais de 50 mil caixas de cajuína, além da pequena criação de pequenos animais como galinha, porco e bode. "Sou técnica de enfermagem e estou me formando em Biologia. Todo o meu sustento vem dessa terra. Não posso nem imaginar a vida sem ela", afirmou Regina Célia Borges.

Na região de Uruçuí existem cinco assentamentos criados em 2001 e cujos assentados ainda não possuem a titularidade da terra. A emancipação de assentamentos está em discussão no Senado. "Temos aqui um exemplo da grande importância dos assentamentos rurais para a reforma agrária, quando produzem riqueza para os trabalhadores", observou a senadora.

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