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29/03/2019

Bancada do PT ganha reforço e é a maior da Câmara com 55 parlamentares

Deputado Merlong Solano - PT do Piauí
Tomou posse na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (28), o deputado Merlong Solano (PT-PI), que assumiu a vaga no lugar do deputado Fábio Abreu (PR-PI) que deixa o Congresso Nacional para ocupar uma secretaria no governo do petista Wellington Dias, no Piauí. Com a vinda de Solano, a Bancada do Partido dos Trabalhadores passa a ser a maior da Casa, com 55 parlamentares. 

Merlong Solano nasceu em Inhuma-PI, em 17 de setembro de 1958. Historiador e economista de formação, o parlamentar iniciou sua atuação política no Estado do Piauí. Filiado ao PT, participou do processo de fundação do partido em 1980. 

Desde então, o petista acumulou funções estratégicas no governo de Wellington Dias, eleito em 2002 e reeleito em 2006. A convite do governador, Solano ocupou a Secretaria do Planejamento (Seplan), a Secretaria de Governo (Segov) e a Presidência da Agespisa. Também foi deputado estadual entre 2011 e 2015. Na legislatura anterior, na Câmara Federal, Solano chegou a assumir a cadeira de deputado federal em alguns períodos. 

O deputado deve ocupar a cadeira na Câmara por um período de 90 dias, quando deixará o cargo para assumir novas funções no governo de Wellington Dias, eleito novamente governador do Piauí em 2018.

Fonte: PT na Câmara

28/03/2019

Deputado Limma repudia a comemoração ao golpe militar sugerida por Bolsonaro

Deputado Francisco Limma(PT)
O líder governista na Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Francisco Limma (PT), usou a tribuna da Casa para apresentar uma moção de repúdio à comemoração ao golpe militar de 1964 sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro. 

No início desta semana, o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país. O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart ocorreu em 31 de março de 1964. Após o ato, iniciou-se uma ditadura que durou 21 anos. No período, não houve eleição direta para presidente. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. 

Limma destacou que “o Ministério Público Federal emitiu nota se manifestando contra a orientação dada por Bolsanaro. A história não nega a censura aos meios de comunicação, as torturas, desaparecimentos de pessoas e assassinatos, como o de 434 militares contrários ao golpe e oito mil indígenas”, destacou o parlamentar. 

Francisco Limma pontuou ainda que no Piauí foram muitas as pessoas que sofreram as consequências da ditadura militar, iniciada com o golpe. 

“O saudoso Themístocles Sampaio Pereira, pai do nosso atual presidente da Assembleia; o amigo Antônio José Medeiros; Clidenor de Freitas, Celso Barros; José Reis Pereira; Padre Raimundo José e Jesualdo Cavalcantti são alguns dos nomes que sofreram com a ditadura, seja o exílio, perda de mandato ou tortura. Esta data não tem nada que ser comemorada e é um absurdo esta orientação do presidente”, concluiu o deputado.

03/03/2019

As dores que vencem canhões • Por Alvaro Carneiro

O título pode parecer pouco original, considerando se tratar de paródia de trecho da canção de Geraldo Vandré, contudo, ganha força se imaginarmos a máquina de guerra montada para coibir a lágrima de Lula durante sua breve passagem pelo velório do neto que tanto amava, ocorrido no sábado de carnaval. Um miúdo homem de 1,70 cm e de cabelos esbranquiçados por seus 73 anos, fragilizado por tantas desgraças que se abateram sobre si, consegue mobilizar um exército gigantesco e destacado para guerrear contra as lágrimas que o idoso iria verter. 

Toda a força bélica e o aparato humano fortemente armado para reprimir um pranto se mostrou miúdo diante da presença dolorida e silenciosa de Lula. Tudo isso porque, frouxamente covardes, aqueles dublês de homens verdadeiros ainda sabem que Lula não teria a magia de um herói da ficção que, naquele momento, pudesse se transformar em figura que voasse em fuga para Krypton, mas ainda carrega consigo o gigantismo das ideias. 

O que mais chamou a atenção foi o instante em que o ex-presidente tentou tocar, calado, a mão de alguém que acenava para ele e foi imediata e abruptamente (quase empurrado) por um jovem brutamontes da Polícia Federal. 

Aquele homem da “Lei” deve ter guardado o gesto para si como o provável heroísmo máximo de sua vida; ele não vai conseguir outro momento de tão desmedida bravura como o de impedir que um velhinho trocasse cumprimento tátil de milésimos de segundos com um semelhante. É que ali estão os super poderes de Lula: na cordialidade e empatia com os humanos de verdade; com aqueles que resistem à cegueira do ódio e conseguem ver o legado do bem que aquele mirrado homem empreendeu. 

A força que carrega não está na septuagenária carne já flácida, mas na leveza, lucidez e humanidade de seus pensamentos que se mantém guardados com frescor em uma cela de Curitiba. Essa é a poção poderosa que Lula mantém consigo e faz daqueles “soldados armados amados ou não quase todos perdidos de armas na mão”.

Alvaro Carneiro
Jornalista